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Leonardo Pantaleão

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quarta-feira, 21 de novembro de 2012
CASO BRUNO

Entrevista de Leonardo Pantaleão ao Diário de São Paulo



Sentimento das juradas pode ser fatal a Bruno
Para juristas, a sensibilidade da mulher é maior do que a do homem e pode ser prejudicial ao goleiro

O ex-goleiro Bruno (esq.), sua ex-mulher Dayanne e o amigo de infância Macarrão

O ex-goleiro Bruno Fernandes de Souza demonstrou apreensão nesta terça-feira, no segundo dia de julgamento no Fórum de Contagem, por seu destino estar praticamente em mãos femininas. As seis mulheres e um homem que formam o conselho de sentença darão o veredito final se ele é culpado ou inocente do sequestro, morte e ocultação de cadáver de Eliza Samudio, em junho de 2010.
A preocupação do réu tem lógica, segundo Ricardo Monezi, pesquisador do Instituto de Psicologia Comportamental da Unifesp. A sensibilidade da mulher, diz ele, inclusive psicobiológica, é maior do que a do homem. Um dos motivos dessa influência é o hormônio ocitocina, produzido nas mulheres, que está diretamente ligado aos vínculos afetivos.
“O poder de análise e observação da mulher é muito maior. Além do sentimento de compaixão, ela tem a faculdade de exercitar a alteridade, ou seja, de se colocar no lugar do outro, de se compadecer pela dor alheia”, afirma Monezi.
Segundo o pesquisador, é muito mais fácil o homem desenvolver esse sentimento do que a mulher deixar de ser sensível e tornar-se racional.

O criminalista e professor de direito penal Leonardo Pantaleão admite que nesse julgamento, pelo fato de a vítima ser do sexo feminino e ter sofrido a imposição machista, a presença de mulheres no corpo de jurados pode exercer influência negativa para o réu.

“Se a acusação souber explorar bem a submissão e sujeição da mulher, fazendo aflorar o sentimento materno pelos comentários de que o filho de Eliza foi poupado na última hora, é muito provável que realmente consiga sensibilizar as juradas”, diz o advogado.

Um exemplo de sensibilidade da mulher foi claramente observado no julgamento do casal Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá. Havia uma jurada que não contia as lágrimas quando os peritos falavam das circunstâncias da morte de Isabella. A pedido da defesa, a mãe da menina também foi retirada da sala devido à comoção que ela causava no júri.
Jurista fala em anulação do júri
Para o criminalista Leonardo Pantaleão, esse julgamento tem grande possibilidade de ser anulado por causa da atitude da juíza Marixa Rodrigues. Ela nomeou um defensor dativo para o ex-goleiro Bruno, que destituiu seus advogados durante o júri, e não deu prazo para ele se inteirar do processo, que é bastante complexo e volumoso. “Ela torna o réu indefeso e abre uma brecha para recursos”, comenta o criminalista.
10 
dias é a previsão de duração do julgamento de Bruno e mais dois réus